Segunda vez que o Thèâtre du Soleil vem ao Brasil (a primeira foi em 2007 com Os Efêmeros)... e após uma tensa corrida para garantir ingressos pela Internet - esgotados em pouquíssimo tempo - finalmente chegou o dia de assistir a Os Náufragos da Louca Esperança no Sesc Belenzinho. O deslumbramento começa pela estrutura trazida pelo grupo, uma enorme tenda que abriga um charmoso camarim (iluminado por pequenas luminárias, com rendas substituindo as paredes, permite que o público veja os atores se preparando), palco e plateia. Poucos minutos antes da peça começar, a diretora Ariane Mnouchkine solicita que as pessoas se apertem um pouco mais e acomoda algumas poucas das muitas pessoas que aguardavam esperançosas em fila de espera. E começa o espetáculo! Creio que o que me conquistou foi o fato de um filme estar sendo rodado dentro da peça e toda produção ficar aos olhos do público. Ver a produção de vento, neve, névoa, sem nenhuma tecnologia pois tudo se passa em 1914, as criativas soluções para as legendas (necessárias não somente pelo fictício filme mudo mas principalmente pelo francês falado pelos atores) e o revezamento que a trupe faz atuando, produzindo efeitos, montando cenários, iluminando, sem destaque para nenhum dos membros da fabulosa equipe, é simplesmente um deleite! As pouco mais de 4h deste espetáculo valem a pena, literalmente! Arrisque ir para a fila!
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